200 autocarros em acção de sensibilização

EVENTO | 16.09.2020

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Várias empresas de transporte pesado de passageiros, apoiadas pela ARP - Associação Rodoviária de Transporte Pesado de Passageiros, vão realizar, nas cidades do Porto, Lisboa e Faro, uma acção de sensibilização pública, com um total de 200 autocarros.

Em comunicado, a associação explica que "esta iniciativa visa sensibilizar e informar os decisores políticos para o atual momento vivido pelo sector do transporte pesado de passageiros que se dedica ao serviço ocasional (autocarros de turismo).

 

Esta acção de solidariedade para com todas as empresas de transporte de passageiros pretende ainda transmitir ao mercado e aos clientes a confiança de que o serviço ocasional será feito com toda a segurança e de acordo com as indicações das entidades competentes.

Não é demais reforçar que as empresas que se dedicam ao serviço ocasional, utilizando autocarros de turismo, estão a viver um período de extrema dificuldade económica-financeira provocado pela pandemia do COVID-19. Há 180 dias que os autocarros e os trabalhadores estão parados, e a expectativa é que a paralisação se prolongue por mais 180 dias. Ou seja, as empresas irão estar com a sua actividade suspensa durante um ano. Actualmente, existem empresas que, em cinco meses, faturaram ZERO EUROS. As quebras de facturação são superiores a 80%.

• 2.000 autocarros parados há mais de 180 dias;

• 2.500 trabalhadores com os postos de trabalho em risco;

• Empresas de autocarros de turismo com futuro INCERTO.

 

Restrições às actividades de grupo (constrangimento ao transporte)

O sector do transporte pesado de passageiros vive de actividades de grupo: excursões, passeios

convívio, atividades recreativas, culturais, desportivas e religiosas, circuitos turísticos, congressos, entre outros. Como todas estas actividades têm fortes restrições à sua realização, as mesmas acabam por não se realizar.

 

Limitação da lotação dos autocarros (constrangimento ao transporte)

A redução da lotação para 2/3 num autocarro de turismo é incompreensível quando comparado com outros meios de transporte que permitem lugares de pé: no caso de um autocarro urbano, com a redução de lotação para 71 passageiros (2,8 passageiros por m²); no autocarro de turismo, aplicando a mesma regra, a lotação será de 35 passageiros (1,4 passageiros por m²). Não se compreende, assim, esta incoerência.

 

Esta comparação leva-nos à conclusão que não faz sentido a redução nos autocarros de turismo, uma vez que estes só permitem lugares sentados. Refira-se ainda que, no serviço ocasional, as pessoas transportadas fazem parte de grupos fechados (são conhecidos os nomes dos participantes) mantendo-se os mesmos passageiros durante toda a viagem e havendo o controlo da aplicação das medidas de segurança e higiene, através do motorista, tour leader ou do guia que acompanha.

 

Enquanto não houver actividades de grupo, a actividade do transporte de passageiros está suspensa. Acresce ainda que num ano de actividade turística normal o sector entraria em época baixa entre os meses de novembro e fevereiro, pelo que não há retoma possível para os próximos meses.

As empresas não têm recursos financeiros para pagar os seus encargos fixos por períodos indeterminados. Para manterem a sua capacidade de produção instalada é preciso que o

Governo olhe para este sector com especial atenção e crie medidas de apoio efectivo:

• É imprescindível mais apoios financeiros e com períodos de amortização até 10 anos;

• Novo lay-off simplificado;

• Prolongamento das moratórias de crédito, além de março de 2021;

• Apoio efectivo das companhias de seguro;

• Uniformização de procedimentos pelos países pertencentes à União Europeia, no que respeita à mobilidade.

 

Não obstante as dificuldades sentidas, as empresas querem passar uma mensagem de confiança e esperança. Nesse sentido, têm-se progressivamente adaptado para que o transporte de passageiros em autocarro de turismo seja seguro. Para o efeito, foram criados protocolos de higienização e limpeza; instalados equipamentos de desinfeção por ozono ou por nebulização de produtos desinfectantes; implementados planos de contingência; entre outros.

Com base no descrito anteriormente, a ARP apela ao Governo para que dê especial atenção ao sector do transporte pesado de passageiros que se dedica ao serviço ocasional autocarros de turismo. Caso contrário, haverá despedimentos em massa a partir de outubro e a entrega de autocarros às entidades locadoras/bancos a partir de Março de 2021".

 

notícia extraída de eurotransporte.pt

 

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